“Love & Rockets” deve virar série pela Warner Bros, diz Gilbert Hernandez

6 maio 2024
Por Fora do Plástico
Foto de Jordi Cotrina

Gilbert Hernandez, uma das mentes por trás da antológica “Love & Rockets”, participou da programação da Comic Barcelona, no último fim de semana. Em entrevista ao jornal catalão “Diari ARA”, no sábado (4), Gilbert revelou que falta pouco para a Warner Bros. fechar acordo para uma adaptação em série de TV das histórias de Palomar — sua fração da revista, criada há mais de quatro décadas ao lado de seus irmãos Jaime e Mario.

O artista lembra que há 30 anos, quando houve o interesse em levar “Love & Rockets” para o audiovisual, o foco era a ficção científica de “Maggie, a Mecânica”, em uma tentativa de adaptação mais comercial.

“A Warner Bros. está interessada em adaptar Palomar. O cenário mudou. Há 30 anos, quando queriam adaptar ‘Love & Rockets’ para o cinema ou a televisão, o que lhes interessava era a ficção científica da história de Maggie, os foguetes e os dinossauros. Em Hollywood você quer que eles contem a sua história, e a contem bem, e eles só veem quais brinquedos podem vender. E Jaime e eu não queremos mudar nossas histórias. Então acabamos não aceitando a proposta. Vamos ver o que acontece agora com a Warner Bros. O negócio não está fechado, mas falta pouco”, conta.


A passagem do quadrinista pelo evento rendeu a republicação de uma versão ampliada de “Palomar” pela editora espanhola La Cúpula, reunindo as primeiras histórias da série.

No Brasil, a Veneta publica desde 2016 a coleção “Biblioteca Love & Rockets”. A série reúne todas as histórias de “L&R”, de Jaime e Gilbert, mais ou menos cronologicamente. Até o momento, já foram publicados quatro volumes de Palomar, o lado de Gilbert, e um volume de Locas, o lado de Jaime.

À frente do tempo

As histórias de “Love & Rockets” são plurais e diversas, o que era incomum para época. A representatividade latina e feminina é forte, há também diversos personagens LGBT+. Todos com papéis de liderança e fundamentais para o desenvolvimento da trama. Ainda na entrevista, Gilbert compara seus quadrinhos com o início do movimento punk.

“Você prende a galera com a música, mas faz com que eles engulam a letra. Logo pensei que seria legal fazer isso nos quadrinhos também. Você pode fazer quadrinhos apenas por diversão, mas também pode usá-los para falar sobre outras coisas”, afirmou.

Gostou da leitura? Ajude o Fora do Plástico

Você não precisa de muito para contribuir com o Fora do Plástico. A partir de R$5,00 mensais, ou seja, um cafezinho, você já está nos ajudando a manter o Fora Plástico.
Quero Apoiar
Carrinho atualizado