Tarzan: várias faces de um ícone da cultura pop

16 outubro 2022
Por Fora do Plástico

Personagem da cultura pop mundial, Tarzan completa, em 2022, 110 anos de história. Criado pelo escritor Edgar Rice Burroughs (1875-1950), Tarzan teve sua primeira “aparição” na revista pulp “All-Story”, em 1912. Com o sucesso de vendas, o personagem ganhou seu primeiro livro em 1914.

Entre as inspirações de Burroughs para a história estão o mito de Rômulo e Remo, dois irmãos gêmeos, que foram criados por uma loba e posteriormente fundaram Roma e “O Livro da Selva”, de Rudyard Kipling.

Os pais de Tarzan, Lorde e Lady Greystoke, são abandonados em algum ponto da costa ocidental da África, após um motim. Logo nasce um filho e, quando ele era ainda um bebê, seus pais morrem. Assim, a criança é criada por macacos e Tarzan é o nome dado a ele, que significa “Pele Branca”.

Por ter sido criado por animais, Tarzan desenvolve força e agilidade superiores a humanos civilizados. Além disso, ele consegue se comunicar com os bichos.

Entrando em novas mídias

Tarzan deu um salto dos romances para o rádio, a televisão, o teatro, os quadrinhos e, claro, o cinema. Em 1918, ele foi adaptado para filme pela primeira vez, ainda na época do cinema mudo.

Em 7 de janeiro de 1929, o personagem entrou para os quadrinhos, com tiras periódicas desenhadas por Hal Foster. O sucesso da tira lhe garantiu a oportunidade de criar sua obra-prima, “Príncipe Valente”, em 1937.

E depois de Foster?

Burne Hogarth foi selecionado para assumir as histórias do Homem-Macaco, após Hal Foster. Com estreia em 1937, Hogarth trabalhou durante oito anos ininterruptos, criando momentos considerados históricos do personagem. Depois de diversas desavenças envolvendo as condições de trabalho, o artista decidiu se afastar da série.

No entanto, em 1947, Hogarth retornou ao Tarzan, depois de acertar novas condições, incluindo a criação de seus próprios roteiros. A segunda passagem foi até 1950.

Depois disso, Russ Manning esteve à frente do personagem de 1965 a 1979, em diferentes formatos. Ele adaptou para a Gold Key Comics dez romances do Tarzan de Burroughs, ao lado de Gaylord Dubois (não creditado), com grande fidelidade. Logo depois, Manning foi contratado pela Edgar Rice Burroughs Inc. (licenciante do personagem) para escrever e desenhar tiras diárias e páginas dominicais coloridas do Tarzan, entre 1967 e 1979. Ainda na década de 1970, o autor produziu quatro álbuns com histórias originais do personagem para o mercado europeu.

 

⏶ A Devir lançou, em julho, uma edição, publicada originalmente pela Dark Horse, atual detentoras dos direitos, que reúne algumas dessas adaptações feitas por Manning.

 

Joe Kubert e a DC Comics

Quando adquiriu a licença dos quadrinhos de Tarzan, em 1972, a DC Comics escolheu Joe Kubert para supervisionar as criações do personagem. A passagem de Kubert, entre 1972 a 1975, é considerada um clássico do Tarzan nos quadrinhos.

⏷ No Brasil, a fase foi publicada em três volumes, pela Devir.

Sob os pilares da Marvel

A Marvel Comics adquiriu a licença de Tarzan e, assim, a editora escolheu dois de seus principais artistas, Roy Thomas e John Buscema – dupla que conduziu as principais histórias de “Conan, o Bárbaro” nos quadrinhos – para o lançamento de “Tarzan, O Senhor da Selva”. De 1977 a 1979, esses dois pilares da editora publicaram 14 edições do personagem, juntos. John Buscema ainda permaneceu por mais 4 edições e, a partir da 19ª, seu irmão Sal Buscema passou a fazer as ilustrações até a 29ª edição, a última de Tarzan na Marvel.

 

⏷ Em março, a Pipoca & Nanquim publicou uma versão – única no mundo – que compila todas as edições produzidas por Thomas e Buscema, com vários extras, como o “Dicionário da Língua dos Macacos”, com arte do próprio John Buscema.

Tarzan: ícone da cultura pop (e dos quadrinhos)

Mesmo que não seja associado imediatamente à nona arte, Tarzan é um dos heróis de quadrinhos mais antigos.

Com uma história tão longa, o personagem teve alguns dos grandes talentos da indústria de comics ao longo das décadas. Um personagem icônico que já passeou pelo mundo nas mais diversas mídias.

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