De Bastien Vivès, Florent Ruppert e Jerome Mulot
140 páginas
Pipoca & Nanquim | 2020
Tradução: Érico Assis
Ficamos positivamente surpreendidos quando lemos A Grande Odalisca, quadrinho de Bastien Vivès, Florent Ruppert e Jerome Mulot, lançado no ano passado pela editora Pipoca & Nanquim. O segundo volume da série, Olympia, segue a mesma dinâmica do primeiro e aposta nos diálogos e nas relações entre as personagens para deixar a trama leve e irreverente.
Novamente, as ladras devem buscar uma valiosa obra de arte, porém, dessa vez, a história gira menos em torno do plano e suas decorrências. O tom aventuresco e quase hollywoodiano da trama passou a nos incomodar um pouco. Algumas situações nos pareceram absurdas demais, mesmo que saibamos das licenças que esse gênero carrega. Por outro lado, a relação entre Alex, Carole e Sam continua sendo um grande atrativo.
A edição adiciona o capanga Toni às aventuras das ladras, o que garante um folêgo extra à dinâmica entre as personagens, com uma boa dose de humor. Olympia segue com a arte fluida, feita a seis mãos pelos autores. Destaque para as cores muito bonitas e para a capa, que novamente é incrível.
Mesmo que não tenha nos empolgado tanto quanto A Grande Odalisca, Olympia não deixa a desejar. A HQ é uma aventura descompromissada e divertida, seguindo basicamente o molde da edição anterior. Esperamos ansiosamente que os autores lancem novos volumes, afinal, o desfecho desta edição abre um leque de possibilidades que talvez leve a série para outras direções.