HQ brasileira retrata genocídio em Gaza pelo olhar de criança palestina

25 junho 2025


A mais nova publicação da editora Mistifório está em campanha no Catarse. “Giz”, quadrinho roteirizado pela influenciadora do coletivo Soberana e professora, Pedagolítica, e desenhado por Maurício Owada, retrata o genocídio em curso na Faixa de Gaza por meio do olhar lúdico de uma criança palestina. Previsto para agosto, a HQ também conta com a consultoria de Ualid Rabah, presidente da FEPAL- Federação Árabe Palestina do Brasil.

Hannah é uma garotinha criativa que ama desenhar e pintar. Nascida na Palestina, a pequena vê sua infância ser interrompida quando o governante de um Estado vizinho ordena ataques para ocupar o restante do território que Hannah vive. Ela se vê obrigada a fugir com a família (os avós, a mãe e o irmão caçula) em busca de um lugar seguro. Durante sua jornada, Hannah se depara com situações da guerra que nenhuma criança deveria presenciar. A garotinha palestina então decide usar o único giz de cera que conseguiu levar consigo para dar forma à sua imaginação e encontrar uma maneira de resistir ao apagamento étnico e genocídio contra seu povo.

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Conhecida por seu trabalho nas redes, Pedagolítica é pedagoga pela Unifesp e mestra em Intervenções Psicológicas no Desenvolvimento Humano e na Educação (Uneatlántico), além de ser professora da Educação Básica. Já Maurício Owada é quadrinista, ilustrador e caricaturista, também é autor da série de tiras “Os Anacrônicos” e participou de revistas como a Japy e Homem-Chiclete.

Desde outubro de 2023, Gaza vive um dos cenários mais devastadores dos últimos anos. Após ataque surpresa do Hamas a Israel em 7 de outubro, o país iniciou uma ofensiva militar sem precedentes no território palestino, com bombardeios, cercos e operações terrestres, agravando a crise humanitária na região.

Palestino buscam alimento em Gaza | Foto: Ramadan Abed

Israel mantém o bloqueio em torno da Palestina, o que impede a entrada de ajuda humanitária, como comida e atendimento médico. De acordo com notícias recentes, a ONU acusou Israel de matar cerca de 400 palestinos que buscavam alimentos e, também, de fornecer um sistema de distribuição de comida insuficiente.

Philippe Lazzarini, chefe da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA), considerou o novo mecanismo de entrega de ajuda em Gaza  de “abominação” e “armadilha mortal” durante uma coletiva de imprensa em Genebra. “A transformação de alimentos para civis em armas, além de restringir ou impedir seu acesso a serviços de suporte à vida, constitui um crime de guerra”, apontou outro representante da ONU, Thameen Al-Kheetan. O governo israelense não se pronunciou sobre essas declarações.

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