Hotel Harbour-View: Tokyo Killers

31 agosto 2022

De Jiro Taniguchi e Natsuo Sekikawa
212 páginas
Pipoca & Nanquim | 2022
Tradução: Drik Sada

Jiro Taniguchi conquistou o status que tem principalmente pela forma como aborda o cotidiano em suas obras. Seus trabalhos mais relevantes seguem uma vertente existencialista, muito distante daquilo que vemos em Hotel Harbour-View: Tokyo Killers, quadrinho que assina ao lado do roteirista Natsuo Sekikawa, em que temos uma coleção de contos do gênero noir.

É verdade que já havíamos conhecido um lado diferente do autor em As Crônicas da Era do Gelo que, mesmo não nos encantando, foi uma experiência de leitura mais envolvente do que esta que acabamos de ter. A trama segue uma linha de romance policial, com protagonistas desiludidos e sem qualquer medo da morte, o que poderia ser a base para uma ótima história. Porém, Hotel Harbour-View: Tokyo Killers não nos deixou interessados pelo enredo, pelo que estava acontecendo ali. Embora possa ser paradoxal, apesar da leitura ser rápida, a trama é enfadonha e repetitiva.

Por outro lado, Taniguchi estabelece uma linguagem visual incrível. Os movimentos de câmera, os ângulos, os personagens visualmente realistas, a ambientação… Ele é um excelente desenhista e, no geral, em todos os contos, o roteiro fica aquém da arte.

Publicado pela Pipoca & Nanquim, que tem trazido várias obras do mangaká para o Brasil, Hotel Harbour-View: Tokyo Killers foi uma experiência frustrante. Nem mesmo a ótima arte de Taniguchi foi suficiente para elevar uma trama, na maior parte do tempo, insossa.

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