Finalista do National Book Award, “Quando as Estrelas Se Espalham”, quadrinho de Entre a escassez e a espera pelo reassentamento, o garoto enfrenta o dilema de cuidar do irmão não-verbal ou buscar na educação uma chance de um futuro melhor.
Originalmente publicado em 2020 pela Dial Books, o quadrinho foi bem recebido pela crítica e pelo público. Além do National Book Award, foi indicado a várias outras premiações e considerado pela American Library Association (ALA) a melhor graphic novel para adolescentes. A trama é descrita como um equilíbrio entre sofrimento, esperança e humor, mostrando a força dos laços familiares e o poder transformador do aprendizado.
Ainda muito pequenos para se lembrar, Omar e seu irmão caçula, Hassan, fogem da Guerra da Somália para os campos de refugiados no Quênia, mais especificamente, Dadaab. Lá eles passam da infância para a adolescência e levam uma vida difícil enquanto fazem amigos e constroem um senso de lar, em um lugar onde a escassez de recursos e a espera pelo reassentamento são o que preenche os dias monótonos de quem não tem nada, além de esperança. Apesar de terem sido adotados pela gentil Fatuma, que acolhe os irmãos como se fossem seus filhos, Omar e Hassan nunca deixam de procurar e ansiar pelo reencontro com a mãe verdadeira. Quando Omar tem a chance de frequentar a mesma escola que seus amigos, ele se vê dividido entre desejo e obrigação: ficar em casa e cuidar de seu irmão não-verbal, a única família que lhe restou, ou ir a escola e buscar, por meio da educação, um caminho para além de Dadaab.
“Quando as Estrelas Se Espalham” será o segundo quadrinho estrangeiro da nVersos, que até então havia apenas publicado “Roaming”, de Jillian e Mariko Tamaki, no ano passado. Por outro lado, a editora têm apostado em obras nacionais, como “Boa Sorte”, de Helena Cunha, “Inteiro pesa mais do que metade”, de Carol Ito, e a “Antologia Opera Sopa”, de Diogo Pavan.
