De Ed Piskor
120 páginas
Panini Comics | 2021
Tradução: Jotapê Martins e Lívia Koeppl
Muito mais uma obra para os já fãs dos mutantes, do que aventureiros que querem somente conhecer ou entender, como preferir, os principais momentos dos X-Men, a trilogia Grand Design, de Ed Piskor, é uma ótima série que busca, além de prestar uma grande homenagem aos heróis, fisgar o leitor pela nostalgia.
Como já comentamos, por ser uma obra de highlights, que coloca em ordem cronológica os principais momentos dos mutantes, propositalmente o ritmo da HQ é apressado, sem qualquer apreço pela fluência entre os quadros. Logo, funciona melhor para quem já leu essas histórias, ou seja, já conhece o contexto, e não para quem quer um ponto de partida para iniciar neste universo.
Nesta edição, Piskor reconta histórias dos anos 80, como o Massacre de Mutantes, Queda dos Mutantes, Inferno e Programa de Extermínio. Por condensar tantas informações e não termos lido todas essas sagas, ficamos perdidos em vários momentos. Antes de tudo, temos que elogiar o trabalho do autor em cobrir os principais eventos dos X-Men. É um trabalho louvável, visto que os mutantes tinham várias revistas na época e a cronologia é um verdadeiro caos.
Piskor é um grande apaixonado pelo universo mutante e isso é muito perceptível em sua série. Sabemos que é piegas, mas Grand Design é como se fosse uma carta de amor de fã para fã.
A arte continua como o ponto alto da série. O traço de Piskor é muito charmoso e retrô, intensificando o sentimento de nostalgia que o autor quer passar.
Por fim, é preciso ressaltar o objetivo de Grand Design. É uma série em quadrinhos voltada para nostalgia, para quem já tem bagagem como fã dos mutantes. Esta não é uma HQ de porta de entrada. A experiência de leitura para quem nunca leu ou conhece pouco das sagas será muito superficial, soando apenas como um amontoado de informações.