De Jonathan Hickman e Tomm Coker
240 páginas
Devir | 2019
Tradução: Marquito Maia
The Black Monday Murders, de Jonathan Hickman, é uma leitura que depende muito do leitor. É indiscutível que o autor não nos subestima com seu modo de contar a história e que visualmente a obra atrai muito a atenção. No entanto, esta não é uma leitura fácil. Com um roteiro peculiar, Hickman não tem pressa de explicar sequer os fatos mais simples neste primeiro volume, deixando a trama muito em aberto. Porém, a sua maneira de conduzir de forma intrigante a história, nos deixou curiosos para saber o desenrolar.
De forma bem elaborada, a HQ acompanha uma conspiração que adquire cada vez mais poder através de sacrifícios humanos. Agora, após um dos importantes membros ser encontrado morto, um detetive começa a desvendar os segredos por trás desse grupo.
Com boas doses de misticismo, violência e magia, Hickman insere uma quantidade enorme de informações, sem se preocupar com a compreensão dos leitores. Ao mesmo tempo em que essa tática de oferecer respostas em migalhas na narrativa, nos cativou, acreditamos que é uma estratégia que afasta muitos leitores, uma vez que pode ser cansativa. Um ponto que não gostamos é o fato de não haver na HQ nenhum personagem carismático, para o qual leitor torça ou realmente goste dele. Já arte de Tomm Coker é belíssima, um absurdo! Além disso, ela aquece muito o clima de suspense da história.
Mesmo sendo um quadrinho difícil de absorver, o primeiro volume The Black Monday Murders foi uma leitura que nos agradou, muito pelo clima de mistério que a cerca. Mas, aqui vai um aviso, não é uma HQ para todos, não recomendamos aos leitores mais impacientes. Por fim, precisamos dizer que estamos ansiosos para a continuação da série.