De vários autores
272 páginas
Panini Comics | 2022
Tradução: Erick Garcia
É natural uma antologia sofrer com a oscilação das histórias e não é diferente em Superman: Vermelho e Azul. Aproveitando da mesma fórmula de Batman: Preto e Branco, a DC reuniu diversas equipes criativas para criar uma série de contos curtos que exploram a essência do Homem de Aço. E, principalmente, tramas que funcionam fora de qualquer ordem cronológica, ou seja, acessíveis a todos os leitores.
Devido ao grande número de artistas envolvidos, encontramos histórias de todos os estilos e isso é a principal virtude de uma antologia neste formato, em que temos um personagem “homenageado”. Encontrar o herói por outros pontos de vista, em diferentes traços e enredos nos mais variados tons. No entanto, qualquer leitor mais habituado ao modelo sabe que essa enorme variedade também é o principal defeito, por ser responsável pela oscilação que comentamos.
Como estamos diante de um livro que compila dezenas de histórias, não é uma tarefa simples todos os contos empolgarem da mesma forma. Sinceramente, é impossível. Cada conto tem sua própria voz e conversa com o leitor de uma maneira distinta, embora todos abordem o Superman em seus momentos mais humanos, para além das batalhas. Dito isso, nossas histórias preferidas foram “Gerações” de Daniel Warren Johnson; “Solução Pacífica”, de G.Willow Wilson e Valentine De Landro e “O Menino que Salvou o Superman”, de Wes Craig.
Por fim, Superman: Vermelho e Azul traz um modelo de publicação que será uma boa diversão. Mas que, na nossa visão, apesar de ser feito para todo tipo de leitor, irá agradar mais aquele que já tem uma relação profunda com o personagem.