Revista revela as maiores tiragens de mangás das principais editoras japonesas

A nova edição da revista Tsukuru, da editora The Tsukuru Shuppan,  divulgou a lista dos 15 volumes de mangá com as maiores tiragens iniciais de Kodansha, Shogakukan e Shueisha, as três mais importantes editoras japonesas. O levantamento considera os últimos 12 meses, o que compreende o período de abril de 2024 a março de 2025, intervalo que marca o mais recente ano fiscal do Japão.

A lista evidencia diversas características do mercado de quadrinhos japonês. Uma delas é a já consolidada hegemonia da Shueisha, que permanece empilhando sucessos oriundos da Shonen Jump, sua principal revista de mangás, e mantém números muito distantes das suas concorrentes — não à toa, apenas dois dos 16 títulos listados pela Tsukuru não são publicados no Brasil (“Kingdom” e “World Trigger”). “One Piece” permanece no primeiro lugar dentre todos os mangás publicados, lugar que ocupa há mais de uma década, dessa vez com mais de 3 milhões de cópias na tiragem inicial do volume 109. Há de se destacar ainda as tiragens expressivas para “Jujutsu Kaisen” #29 e #30, bem como as de “Spy x Family” #16 e “Hunter x Hunter” #38, todos superando a marca de 1 milhão de edições impressas.

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Na Kodansha, “That Time I Got Reincarnated as a Slime” permanece na primeira posição pelo segundo ano consecutivo, com 450 mil cópias impressas para o 26º volume, sendo acompanhado de perto por “Blue Lock” #29, com 400 mil cópias. Apesar de expressivos, os números ainda estão longe dos milhões que representavam cada novo volume de “Attack on Titan”, obra de Hajime Isayama encerrada em 2021 e o último grande fenômeno da Kodansha.

A Shogakukan, por sua vez, tem conseguido emplacar séries de bastante popularidade, o que se traduz nas boas tiragens de “Frieren e a Jornada Para O Além”, “Não Chame de Mistério” e “Diários de Uma Apotecária”, séries que tiveram anime recentemente. O bom momento da editora se nota ainda pelo fato de “Detective Conan”, seu maior bestseller, ter sido destronado esse ano por “Frieren”, depois de um longo período. Em número absolutos, no entanto, a Kodansha segue sendo a segunda editora com mais cópias em circulação no Japão.

Chama a atenção, ainda, a forma como as séries de cada editora japonesa são distribuídas no Brasil. Enquanto a Shueisha estabeleceu com a Panini uma espécie de filiação nos últimos anos, com 12 dos 14 títulos da lista licenciados por aqui pela editora de matriz italiana, a Kodansha se apresenta com mais variações, com quatro mangás editados pela JBC, três pela Panini e dois pela NewPOP. Por sua vez, a Shogakukan permanece sendo menos explorada, tendo três títulos licenciados pela Panini e dois pela JBC.

Por fim, nota-se ainda a ausência das demais editoras brasileiras entre as casas que recebem os mangás mais populares em andamento, a despeito do crescente interesse de editoras como Devir e Pipoca & Nanquim sobre o mercado de quadrinhos japoneses. A lista reforça que, até o momento, Panini, JBC e NewPOP permanecem como o “big three” das editoras de mangá no Brasil, com uma distância considerável para as outras editoras não segmentadas.

KODANSHA

1. That Time I Got Reincarnated as a Slime #26: 450 mil cópias (Publicado pela JBC)
2. Blue Lock #29: 400 mil cópias (Publicado pela Panini)
3. Chiikawa #7: 300 mil cópias
4. Space Brothers (Uchuu Kyoudai) #44: 235 mil cópias
5. Blue Lock: Episode Nagi #4: 210 mil cópias
6. What Did You Eat Yesterday? #23: 200 mil cópias
7. Terra das Gemas (Houseki no Kuni) #13: 190 mil cópias (Publicado pela NewPOP)
8. In The Clear Moonlit Dusk #8: 165 mil cópias (Anunciado pela JBC)
9. A Heróica Lenda de Arslan #21: 150.5 mil cópias (Publicado pela JBC)
10. Wind Breaker #21: 150 mil cópias (Publicado pela Panini)
11. Um Sinal de Afeto (Yubisaki to Renren) #11: 125 mil cópias (Publicado pela NewPOP)
12. Grand Blue #22: 120 mil cópias
13. Blue Period #16: 120 mil cópias (Publicado pela JBC)
14. MF Ghost #20: 120 mil cópias (Sequência de Initial D, publicado pela Panini)
15. Hajime no Ippo #141: 115 mil cópias

SHOGAKUKAN

1. Frieren e a Jornada Para O Além #14: 700 mil cópias (Publicado pela Panini)
2. Detective Conan #106: 600 mil cópias
3. Não Chame de Mistério  #14: 450 mil cópias (Publicado pela JBC)
4. Diários de Uma Apotecária #19: 220 mil cópias (Publicado pela Panini)
5. Ao Ashi #38: 200 mil cópias (Publicado pela JBC)
6. Mix #22: 195 mil cópias
7. Blue Giant Momentum #2: 135 mil cópias
8. Firefly Wedding #4: 125 mil cópias
9. Detective Conan Special #1: 110 mil cópias
10. Kubo Ibuki Great Game #13: 102 mil cópias
11. Major 2nd #28: 92 mil cópias
12. Love Phantom #13: 90 mil cópias
13. Komi Não Consegue Se Comunicar #33: 82 mil cópias (Publicado pela Panini)
14. Ao no Orchestra #12: 80 mil cópias
15. Detective Conan Heiji & Kazuha NEW Selection #1: 80 mil cópias

SHUEISHA

1. One Piece #109: 3.2 milhões de cópias (Publicado pela Panini)
2. Jujutsu Kaisen #29: 1.8 milhões de cópias (Publicado pela Panini)
3. Jujutsu Kaisen #30: 1.8 milhões de cópias (Publicado pela Panini)
4. Spy x Family #14: 1.3 milhões de cópias (Publicado pela Panini)
5. Hunter x Hunter #38: 1.3 milhões de cópias (Publicado pela JBC)
6. Kingdom #72: 930 mil cópias
7. My Hero Academia #42: 850 mil cópias (Publicado pela JBC)
8. Oshi no Ko #16: 550 mil cópias (Publicado pela Panini)
9. Kaiju 8 #12: 500 mil cópias (Publicado pela Panini)
10.  Chainsaw Man #17: 500 mil cópias (Publicado pela Panini)
11.  One-Punch Man #31: 440 mil cópias (Publicado pela Panini)
12.  World Trigger #27: 420 mil cópias
13. The JOJOLands #3: 340 mil cópias (Publicado pela Panini)
14. Dr. Stone #27: 300 mil cópias (Publicado pela Panini)
15. Dragon Ball Super #23: 270 mil cópias (Publicado pela Panini)
16. Real #16: 250 mil cópias (Publicado pela Panini)