De Paolo Baron e Ernesto Carbonetti
120 páginas
Comix Zone | 2020
Tradução: Thiago Ferreira
Os Beatles são considerados a maior banda de todos os tempos e a carreira do grupo é cercada de lendas, rumores e histórias marcantes. Não poderia ser diferente, e a principal delas (e também a mais absurda), é de que Paul McCartney morreu e foi substituído. Batizado como “Paul Is Dead”, o mito também dá nome ao quadrinho de Paolo Baron e Ernesto Carbonetti, que não tem vergonha de parecer ridículo como uma história de conspiração absurda.
Em Paul Está Morto, os autores ousam ao trazer uma trama que brinca com essa história maluca, que sugere que o músico morreu em 1966, vítima de um acidente de carro. Para não comprometer o sucesso da banda, os demais integrantes acobertaram o fato, substituindo Paul por outra pessoa absolutamente igual. Apesar da premissa curiosa, o resultado é um quadrinho raso e regular. Gostaríamos que Paolo Baron tivesse se aprofundado mais na história, apresentado mais detalhes. A impressão que nos passou é de que a obra poderia render mais. Por isso, a história não nos prendeu.
Já a arte é, de fato, o principal destaque da HQ. Podemos até dizer que é ela quem carrega a obra nas costas. Ernesto Carbonetti tem um traço muito bonito e aproveita da psicodelia da trama para usar cores vibrantes e layouts criativos.
Publicado pela Comix Zone, Paul, Está Morto é um livro curto, uma leitura rápida e despretensiosa. Um quadrinho esquecível, que poderia render mais. Ah, vale destacar um ponto positivo, ao fim a edição tem um bom texto de apoio, que explica muitas referências usadas ali.