Nesta quarta-feira (7), o quadrinista Chabouté lançou sua mais nova obra na França. “Plus loin qu’ailleurs”, uma HQ contemplativa que reflete sobre aproveitar um dia de cada vez e explorar o desconhecido, foi publicada pelo selo Vents d’Ouest da editora Glénat.
Na história, Alexandre é um vigia noturno de um estacionamento subterrâneo prestes a se aposentar. Como passou muito tempo trabalhando em um espaço confinado e escuro, ele agora deseja o oposto: ar livre e novas aventuras. O sonho de Alexandre é viajar para o Alasca, já tendo a mala feita e as expectativas postas à mesa.
Chabouté traz reflexões sobre os sonhos que todos carregam no cotidiano e o que esperam para o futuro. Ao mesmo tempo, com “Plus loin qu’ailleurs“, o autor também escancara as possibilidades de explorar o desconhecido que pode estar mais próximo do que se possa imaginar. Assim como na frase retirada da sinopse:
“J’ai valsé avec le futile et l’insignifiant, reconsidéré le négligeable… J’ai exploré et consigné les us et coutumes de cette contrée qui m’était si inconnue : le coin de ma rue…”
Em tradução livre: “Valsei com o fútil e o insignificante, reconsiderei o insignificante… Explorei e registrei os costumes e tradições desta região que me era tão desconhecida: a esquina da minha rua…”
Com uma vasta produção, Chabouté teve um início de carreira já premiado. Em 1988, sua obra “Quelques jours d’été” recebeu o Prêmio de Melhor Primeiro Álbum no Festival de Angoulême (hoje correspondente ao Prêmio Revelação). Sete de suas obras chegaram ao Brasil pela editora Pipoca & Nanquim: “Moby Dick” (2017), “Um Pedaço de Madeira e Aço” (2018), “Solitário” (2019), “Henri Désiré Landru” (2020), “Yellow Cab” (2021), “Purgatório” (2022) e “Museu” (2023).
Para 2025, está prevista a publicação de “Acender uma fogueira” também pela Pipoca & Nanquim. O quadrinho é uma adaptação do conto de mesmo nome de Jack London.