De Joëlle Jones
144 páginas
DarkSide Books | 2020
Tradução: Raquel Moritz
O segundo volume de Lady Killer, lançamento da DarkSide Books, dá uma bela avançada na trama, que, agora, traz Josie Schuller vivendo na Flórida com sua família. Em paralelo aos afazeres domésticos que a tornam o estereótipo perfeito de mulher exemplar dos anos 50, a protagonista continua trabalhando como assassina de aluguel, porém como freelancer.
Joëlle Jones acerta no ritmo e traz mais nuances à trama, com um aprofundamento na história de Josie e também da mamãe Schuller, a sogra rabugenta da protagonista. Além das sequências intensas de ação, regadas a banhos de sangue, esse volume é mais consistente em relação à dinâmica entre os personagens. A trama parece estar mais preocupada com a relação entre Josie e todos que a cercam. Um bom avanço em relação ao primeiro volume, que nos pareceu simplista demais nesse quesito.
A arte de Joëlle é linda e traz todo o charme da época retratada, sempre brincando com as cenas de sua protagonista e os ideais de perfeição feminina daquele período. O que torna Lady Killer uma obra deliciosa de acompanhar também pelo visual.
Com o gancho ao final desse volume, é impossível não ficar ansioso pela continuidade da série. As decisões de Joëlle para a trama a partir de agora provocam uma ruptura que pode mudar bastante a sequência de Lady Killer, e isso é a melhor parte.