De Garth Ennis e Goran Parlov
128 páginas
Panini Comics | 2021
Tradução: Fernando Lopes
O reencontro entre um autor e o personagem que o rendeu um de seus melhores trabalhos é motivo de expectativa para os leitores. Após escrever uma das fases mais elogiadas do Justiceiro, Garth Ennis volta a assinar os roteiros de uma história do anti-herói, em Justiceiro: O Pelotão. Porém, nem sempre esse reencontro tem final feliz, como é o caso desta HQ, que apresenta um nível muito aquém do conhecemos quando esses dois se juntam. Temos aqui, uma obra que passa longe de empolgar, mas também não desagrada. É um desses casos de leituras que apenas entretém por aquele tempo e logo se tornam esquecíveis.
A trama marca a origem de Frank Castle, muito antes de se tornar o Justiceiro que conhecemos. Temos um recorte de seu período na guerra do Vietnã, mais precisamente na Batalha de Khe Sanh onde, liderando um pelotão, lutou para sobreviver. A história é contada por alguns membros do grupo comandado por Frank, numa espécie de reencontro em um bar, anos depois do período como militares.
Garth Ennis faz uma história simples, que apesar de o desenvolvimento entreter, não faz jus ao trabalho consagrado do autor com o personagem. Inclusive, na nossa opinião, é um quadrinho que se apoia muito nesse carinho nostálgico do arco Ennis/Justiceiro, sem trazer um momento à altura do que o roteirista já nos proporcionou. No entanto, devemos ressaltar os estímulos visuais. A arte de Goran Parlov é a melhor parte da obra, valorizando o clima sangrento e amedrontador das batalhas.
Por fim, como comentamos anteriormente, Justiceiro: O Pelotão é uma leitura passatempo, sem grande destaque, mais atraente para quem gosta do gênero de guerra.