De Mark Waid, Peter Krause, Eduardo Barreto e Marcio Takara
216 páginas
Devir | 2021
Tradução: Marquito Maia
A conclusão de Imperdoável é melhor do que imaginávamos, mas bem aquém do que poderia ser. Já dissemos aqui que a série de Mark Waid começou com tudo, trazendo uma roupagem de super-heróis bem diferente do comum. O início fascinante fez com que criássemos muitas expectativas, mas, com o passar das edições, a história foi enfraquecendo sua narrativa por se esticar demais e também por trazer foco exagerado nos sub-enredos.
O último volume conta com o crossover com Max Destrutor, protagonista do spin-off Incorruptível. Os capítulos envolvendo o confronto entre Max e Plutoniano são bons, com uma história bem contada. No entanto, a atmosfera de terror e desesperança, que tanto nos envolveu no início da série, já há algum tempo não está mais ali. Waid perdeu o rumo, tornando Imperdoável uma série cansativa e confusa, em muitos momentos. É notável como ele encheu a trama de reviravoltas para estender o enredo. E mais, o Plutoniano virou um personagem tão poderoso, mas tão poderoso, que perdeu a graça.
Publicado pela Devir, Imperdoável durou, talvez, o dobro que deveria, mas não podemos negar que seu conceito é incrível e, apesar da série no geral ter sido frustrante pra gente, pela expectativa que criamos, ela não deixou de nos render bons momentos.