De Brian K. Vaughan e Adrian Alphona
144 páginas
Panini Comics | 2022
Tradução: Fabiano Denardin e Fernando Lopes
Em Fugitivos, Brian K. Vaughan faz uma história de super-heróis criativa e honesta, protagonizada por adolescentes comuns, à primeira vista. Com uma atmosfera cativante, diálogos críveis e uma ótima galeria de personagens, o primeiro volume da série tem o mérito de deixar o leitor ávido por mais.
Na história, um grupo de adolescentes, que se reúne todos os anos por causa de um encontro de seus respectivos pais, descobre que seus genitores levam uma vida dupla, como super-vilões. Agora, esses seis jovens precisam lutar contra o destino e decidir o que fazer.
Sempre a partir do ponto de vista dos adolescentes, Brian com seu ritmo alucinante de explorar a trama, consegue nos apegar aos personagens, em apenas seis edições. Mesmo sem ter tempo para desenvolver cada um ali, é notório como eles são bem escritos. Outro ponto gostoso de acompanhar é a ingenuidade e o otimismo dos adolescentes, cada um à sua maneira, em seus comportamentos.
Quanto aos desenhos, o estilo de Adrian Alphona está bem diferente do que vimos nas edições de Ms. Marvel. Em Fugitivos seu traço, de dez anos antes, está bem aquém comparado ao que se tornou. Não chega a ser ruim, mas tira um pouco do charme da obra.
O início de Fugitivos é uma leitura prazerosa. Por trás dessa grande aventura, de tom bem jovial, temos um quadrinho sobre adolescentes em processo de amadurecimento/independência. Definitivamente, estamos curiosos para saber onde essa série vai chegar.