De James Robinson, Vanesa Del Rey, Joëlle Jones e outros artistas
344 páginas
Panini Comics | 2021
Tradução: Diogo Prado
É gostoso ver a Feiticeira Escarlate ganhando protagonismo no Universo Cinematográfico da Marvel. É claro que esses holofotes na personagem influenciam na chegada de HQs que têm a heroína como destaque. Sendo assim, a Panini Comics não perdeu tempo e publicou diversos títulos, entre eles Feiticeira Escarlate: O Caminho das Bruxas, de James Robinson, com arte de vários desenhistas.
Lançada originalmente em 2017, a HQ traz um novo olhar sobre Wanda Maximoff. Em uma aventura episódica, de 15 capítulos, Wanda viaja ao redor do mundo para investigar o motivo de a bruxaria estar ficando cada vez mais fraca. Explorando lugares mágicos, enfrentando seres místicos, conhecendo mais de seus poderes e, principalmente, entendendo o seu passado, Wanda tem uma jornada de descobertas.
Apesar do conceito interessante e da nossa curiosidade em conhecer mais da personagem, o roteiro de Robinson é irregular, com momentos sem inspiração. Como comentamos, a HQ conta com 15 episódios e, mesmo alternando a cada capítulo a equipe criativa de desenhos e cores e, obviamente, variando os estilos de arte, a história se arrasta bastante e chega a ser enfadonha. Temos episódios sem propósito, que não levam a lugar nenhum.
A rotatividade das ilustrações nos deixou entusiasmados ao longo da leitura. Acompanhar os diferentes estilos foi uma experiência atraente pela forma como eles conversavam com a trama. Destaque para as artes de Vanesa Del Rey, Tula Lotay e Joëlle Jones.
Uma premissa interessante com uma execução que deixou a desejar, Feiticeira Escarlate: O Caminho das Bruxas foi uma leitura razoável. A HQ tem ótima proposta visual e vez ou outra vislumbrava em seu roteiro ótimas passagens, o que demonstra o potencial a ser explorado da personagem. No entanto, as resoluções apressadas e os episódios vagos acabaram tornando o quadrinho membro do grupo de leituras esquecíveis.