De Jonathan Hickman, Nick Dragotta e Frank Martin
144 páginas
Devir | 2020
Tradução: Érico Assis
O segundo volume de East of West deixou dúvidas e definiu certezas. A série de Jonathan Hickman confirmou que tem um conceito promissor e envolvente, porém o desenvolvimento visto nesta edição nos deixou com o alerta ligado.
Hickman trabalha com diversos núcleos de uma só vez e, por mais estranho que possa parecer, as coisas acontecem muito devagar. Além disso, ficamos perdidos com o roteiro em grande parte da leitura. Acreditamos que seja pela trama política. Tivemos que parar mais de uma vez para reler os balões e relembrar personagens citados. A impressão que ficou é que a história avançou muito pouco neste volume. É claro que temos que levar em conta que serão dez edições, então, o autor deve aproveitar o decorrer da série para expandir o universo e apresentar personagens.
As ilustrações de Nick Dragotta e as cores do brasileiro Frank Martin continuam como um dos grandes destaques em East of West. Inclusive, algumas cenas poderiam ter sido mais bem aproveitadas, em layouts maiores. Afinal, se tem uma coisa que vende bem esse western distópico é a arte de Dragotta.
Precisamos ser justos. O segundo de volume de East of West não nos agradou pelo desenvolvimento lento/confuso, mas é inegável que se trata de uma história com grande potencial. E mais, esse é só o começo.