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De Brian Herbert, Kevin J. Anderson, Raúl Allén e Patricia Martín (Adaptando livro de Frank Herbert)
176 páginas
Intrínseca | 2021
Tradução: Ulisses Teixeira
O primeiro volume de Duna, HQ que adapta uma das maiores obras de ficção científica da literatura, tem início difícil pela enxurrada de informações. São inúmeros personagens e uma trama densa, que só engrenou da metade para o fim. No entanto, é um bom quadrinho de introdução a esse universo complexo que usa da ficção científica para falar de temas atemporais, como a desigualdade social e o desequilíbrio ambiental.
Publicado pela Intrinseca, a adaptação de Brian Herbert, filho do autor da obra original, e Kevin J. Anderson, é descrita como uma reprodução fiel da série literária. A trama se passa em um futuro distante, no qual os planetas são comandados por famílias nobres. Na história, acompanhamos o protagonista Paul Atreides, um jovem membro de uma das maiores casas desse império feudal intergaláctico. Sua família precisa ir para uma jornada no planeta deserto Arrakis. Lá existe uma especiaria rara, a mais importante da galáxia. Porém, como se não bastasse a disputa entre as famílias pelo elemento, a região ainda possui condições severas de sobrevivência. Calor, falta d’água e vermes gigantes, Arrakis não parece ser um lugar fácil para controlar.
O desenvolvimento narrativo da HQ é monótono e, talvez, tirando aqueles que já estão familiarizados com a história, é difícil ficar envolvido logo de cara. Porém, quando o leitor começa a juntar as informações e a entender a contextualização dos eventos, sente aquela a sensação de querer ver onde isso vai parar.
A arte de Raúl Allén e Patricia Martín é decente e as cores são vibrantes. Não é uma arte que acrescenta tanto à história, mas que cumpre o seu papel. Inclusive, em alguns quadros, os desenhos parecem muito rígidos.
Esse é o nosso primeiro contato com Duna, nunca lemos a obra que originou o quadrinho. Talvez, essa falta de familiarização pelo universo tenha dificultado um pouco nosso envolvimento com a HQ. No entanto, o final deste primeiro volume já demonstrou o potencial da obra, por isso, seguiremos essa jornada.
