De Jeff Lemire, Andrea Sorrentino e Jordie Bellaire
144 páginas
Panini Comics | 2020
Tradução: Érico Assis
Com uma premissa um tanto batida, mesmo vindo de um autor como Jeff Lemire, Coringa: Um Sorriso de Matar é um quadrinho previsível e morno. A trama até consegue prender o leitor pela condução do thriller psicológico, mas, ao final, o resultado é uma obra que não vai além daquilo que já vimos do vilão.
O roteiro é bem simples. O Coringa está preso no Asilo Arkham e um psiquiatra o visita frequentemente para entrevistá-lo. O intuito é entender o que se passa na cabeça do vilão para curá-lo, mas, como era de se esperar, o médico acaba percebendo que nada é o que parece. A HQ é de leitura rápida, com um bom ritmo. Dividida em quatro partes, sendo que as três primeiras fazem parte de um arco fechado, o gibi traz um spin-off que é o ponto mais fraco da trama.
A arte do Andrea Sorrentino é boa, gostamos bastante de seu estilo. No entanto, o artista usa sempre os mesmos painéis de outras HQs em que trabalha, por exemplo, Gideon Falls. O que, para nós, tira um pouco da identidade da obra e a torna ainda menos memorável.
Coringa: Um Sorriso de Matar não é uma leitura ruim, porém recomendamos ir sem grandes expectativas, afinal, Jeff Lemire cria uma história que não acrescenta muita coisa ao que já vimos do personagem.