Por vários autores
252 páginas
Pipoca & Nanquim I 2022
Tradução: Fernando Paz
Assim como o primeiro, o segundo volume da coleção “Conan, O Cimério”, da Pipoca & Nanquim, compila quatro histórias em uma única edição. A série originalmente publicada pela Glénat, que adapta contos do clássico personagem de Robert E. Howard assinados por autores contemporâneos, cumpre o papel de divertir e encantar visualmente. Estamos convencidos de que, mais do que um bom entretenimento (que, por sinal, não é memorável em todo momento), a coleção vale como forma de [re]descobrir as histórias originais de Conan, O Bárbaro.
“A Cidadela Escarlate”, “Sombras de Ferro ao Luar”, “Pregos Vermelhos” e “As Negras Noites de Zamboula” são os encadernados presentes. Todas são histórias marcadas pela violência, erotismo, feitiçaria e pelo tom aventuresco. No entanto, como já falamos, as versões oscilam entre bons e maus momentos. Algumas faltam fôlego e profundidade, outras são previsíveis. A título de comparação, um bom exemplo é a diferença entre “Pregos Vermelhos” e “As Negras Noites de Zamboula”. O primeiro é uma aventura muito bem feita, misteriosa e cheia de reviravoltas, já a segunda não consegue alcançar nem parte desse brilho.
Um destaque do material, que enriquece o momento de leitura, é a galeria de extras com textos que contextualizam a origem de cada conto, assim como as suas referências.
Como é de se imaginar, cada história conta com um estilo de arte distinto. O aspecto visual do livro impressiona, é um deleite ver essa variedade de traços. Apesar disso, é preciso pontuar sobre as ilustrações em “As Negras Noites de Zamboula”, que causam um estranhamento na anatomia do protagonista em determinados quadros.
O que Conan, O Cimério consegue – ao menos em nosso caso – é ser uma experiência divertida. Uma leitura que entrega um entretenimento certeiro, mesmo com seus altos e baixos.