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De Kan Takahama
492 páginas
Pipoca & Nanquim | 2021
Tradução: Drik Sada
O terceiro volume de A Lanterna de Nix traz a conclusão da série criada por Kan Takahama, lançada no Brasil pela editora Pipoca & Nanquim. Ao longo de mais mil e seiscentas páginas, acompanhamos Miyo, Momotoshi Koura, Sra. Kei Ohura, Marie, Ganji, Judith e vários outros personagens, portanto, é difícil desapegar. E parte dessa relação que nutrimos com cada um deles se deve ao talento de Takahama.
Agora Miyo está rumo a Paris, após uma série de reviravoltas na história. Certamente, o jeito ingênuo, até infantil, de Miyo, dita o tom leve da série. Na verdade, em A Lanterna de Nix todos os personagens, mesmo os menos carismáticos, carregam consigo uma leveza de espírito, um tom vibrante que a mangaká insere em todos os volumes. E é por isso que este é um mangá perfeito para momentos de desesperança, para nos afastar de pensamentos ruins. É só nos transportarmos para aquele universo, rico em detalhes históricos e cheio de ternura, que tudo fica bem.
O desfecho da obra é um tanto apressado, pela quantidade de páginas que Takahama teve ao longo do desenvolvimento. No entanto, por mais que seja rápido e com facilitadores para concluir certos arcos, o fim de A Lanterna de Nix é tão delicado e agradável quanto a série. Há um tom poético, até reflexivo nas páginas finais.
Uma leitura divertida e encantadora do início ao fim, A Lanterna de Nix foi uma das surpresas que tivemos este ano. O tom radiante da série elevou nosso humor e nos transportou para o Japão da Era Meiji, a França da Belle Epoque e para os sonhos de uma jovenzinha acanhada, que saiu de Nagasaki para ganhar o mundo.
