A história do super-herói africano que transforma um continente em única nação

9 maio 2024
Por Fora do Plástico


Depois de uma primeira edição esgotada, “Estados Unidos da África” vai ganhar uma reedição ampliada em maio, desta vez pela Bebel Books. Escrita por Anderson Shon e desenhada por Daniel Cesart, a obra que transita entre a prosa e os quadrinhos mostra como o surgimento de um super-herói africano, o Rei Bantu, influenciou na unificação do continente africano em um só país e seu impacto para a economia, política e cultura mundial.

Financiada no Catarse, em 2023, a tiragem de 1.000 exemplares da edição independente se esgotou rapidamente. Em menos de um ano, os autores vão relançar o projeto pela Bebel Books, em uma nova edição que conta com mais páginas, novo projeto gráfico e prefácio da escritora, doutoranda em literatura pela UnB e idealizadora do Preta, Nerd & Burning Hell, Anne Quiangala.

O lançamento oficial acontece durante a programação do Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte, entre os dias 22 e 26 de maio, e da POC CON, Feira LGBTQIA+ de Quadrinhos e Artes Gráficas, nos dias 30 de maio e 1° de junho, em São Paulo. O livro também está disponível no site da editora.

Escrita em narrativa não-linear, os leitores conhecem Serge Ekondo, nascido na República dos Camarões e casado com a professora Julien Ekondo Moussa, com quem tem dois filhos. Ao longo das páginas que avançam e retrocedem no tempo, acompanhamos a transformação de Serge em Rei Bantu, super-herói guiado pela entidade Mama Bamiléké, e os percalços que encontra enquanto tenta acabar com as injustiças e sofrimentos sistêmicos que o povo africano vive até hoje.

Com sua força sobre-humana, corpo à prova de balas, capacidade de voar e de aquecer objetos até derreterem, ele se coloca na frente de muitos tiros, enfrenta racistas, grandes empresas que exploram trabalho escravo e neutraliza um ataque à bomba. Ao mesmo tempo, graças à sua inteligência, compaixão e poder de argumentação, Rei Bantu consegue unificar os países africanos, muda a sede da ONU para lá e finca o pé na cultura pop mundial, ganhando inclusive o Oscar de Melhor Filme.

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