De Denis-Pierre Filippi e Silvio Camboni
72 páginas
Panini Comics | 2022
Tradução: Marcelo Alencar
Visual soberbo e um roteiro que soa preguiçoso. Mickey e A Terra dos Anciões, de Denis-Pierre Filippi e Silvio Camboni, é mais uma HQ da série Disney Glénat que chega ao Brasil pela Panini Comics. Essa coleção já nos proporcionou uma das melhores leituras de 2022, com “Uma Misteriosa Melodia, Ou Como Mickey Conheceu Minnie” e, agora, entregou exatamente o oposto.
A trama é uma aventura ambientada em um mundo onde todos vivem em pequenas ilhas voadoras. Mickey trabalha como mestre de cordas. Basicamente ele tem a função de manter a segurança dessas propriedades a salvo de tempestades, prendendo ilhas menores às maiores. No entanto, os ventos fortes não são as únicas ameaças que ele terá que lidar, Mickey e seus amigos precisam enfrentar um governante tirânico.
A história poderia ser um entretenimento divertido, mas fica longe disso. O enredo é desleixado e apressado, seu objetivo nunca fica claro. As reviravoltas, a condução da história e a possível mensagem ecológica, não funcionam. É triste constatar isso, mas o quadrinho não envolve o leitor em nada que se propõe. Por outro lado, é preciso reconhecer a arte deslumbrante de Camboni, que é ótimo em elaborar universos e criar cenários estupendos. A arte é inegavelmente o melhor desta HQ.
Mickey e A Terra dos Anciões reprisa a dupla responsável por Mickey e o Oceano Perdido. No entanto, se mostra uma aventura sem muita graça, cujo conteúdo jamais conquista, de fato, o leitor.