De Garth Ennis e Darick Robertson
192 páginas
Devir | 2012
Tradução: Marquito Maia
Apesar de aprofundar a trama nos insanos problemas dos heróis, o segundo volume de The Boys segue como o primeiro: um emaranhado de acontecimentos escatológicos feitos para impactar o leitor.
Billy Bruto e Huggie estão investigando a morte de um jovem gay que caiu do alto de um prédio e que pode ter o envolvimento de um “super”. Garth Ennis poderia usar isso para nos apresentar mais sobre os The Boys, mas desenvolve pouco esse recurso. Na verdade, o autor faz uma narrativa que mais investigativa. No entanto, ele se perde no politicamente incorreto da obra (expressões homofóbicas, cenas de pura escatologia que pouco acrescentam à trama). Tudo aquilo parece tão errado que nem conseguimos comentar muito.
Há uma necessidade constante de falar sobre sexo, ou melhor, de práticas sexuais absurdas. Isso às vezes parece ser um pré-requisito para manter o tom bizarro da trama que o autor precisa manter a cada “x” páginas.
The Boys também aposta na violência visual e esse recurso, apesar de ainda muito usado, não nos incomodou tanto quanto no volume 1.
Seguiremos acompanhando para ver onde a história dará (os rumos parecem bem diferentes da série de TV). Por enquanto o quadrinho nos parece uma narrativa um tanto cansativa, cheia de bizarrices, que certamente vai chocar leitores sensíveis (e essa sempre parece ser a intenção).