De Hirohiko Araki
132 páginas
Pipoca & Nanquim | 2020
Tradução: Drik Sada
Rohan no Louvre, lançado pela editora Pipoca & Nanquim, foi nosso primeiro contato com a obra de Hirohiko Araki. O autor de Jojo’s Bizarre Adventure tem características marcantes como artista, que podem ser perfeitamente conferidas neste spin-off da série que faz parte das publicações da Musée du Louvre Éditions (assim como Guardiões do Louvre, de Jiro Taniguchi).
Apesar de ser ambientada boa parte no museu mais famoso do mundo, o mangá tem início no Japão, onde somos apresentados ao jovem Rohan Kishibe (um personagem de Jojo’s Bizarre Adventure) que viria a se tornar um grande mangaká. Durante um período de férias na pousada de sua avó, o jovem conhece uma encantadora garota que lhe conta a respeito de uma pintura maligna, que usa o pigmento mais escuro do mundo, retirada de uma árvore sagrada. Essa pintura estaria guardada no Museu do Louvre. Após um salto temporal, Rohan já consagrado em sua profissão, vai à França em busca deste quadro, tão marcante.
Apesar do tom curioso que Araki emprega em seus quadrinhos, Rohan no Louvre começa como uma aventura bastante intrigante. O ótimo ritmo faz com que o leitor se empolgue ao longo da leitura. No entanto, para aqueles que estão tendo o primeiro contato com o mangaká, o desenrolar da história pode parecer um pouco apressado ou até mesmo bizarro demais (sim, sabemos que essa é uma característica do próprio autor).
O mangá ainda conta com uma arte belíssima e um ótimo uso das cores, que vão mudando à medida que a história avança. Com certeza o ponto mais favorável do quadrinho para nós. Como um todo, Rohan no Louvre é uma trama divertida e aventuresca, mas que funciona melhor principalmente para os já familiarizados com a obra de Hirohiko Araki.