
Angoulême, a cidade internacional dos quadrinhos, receberá a partir da semana que vem uma exposição que homenageia o trabalho de Claire Bretécher. Sendo a primeira mulher a vencer o Grand Prix do Festival de Angoulême, em 1982, a quadrinista francesa teve uma extensa e marcante carreira. A exibição será inaugurada na próxima sexta-feira (23), no Museu dos Quadrinhos, e ficará aberta à visitação até 8 de março de 2026. Ou seja, estará em curso durante a 53ª edição do festival, tradicionalmente realizado em janeiro.
A exposição conta com mais de 200 obras de Bretécher, como ilustrações, pinturas, entrevistas, trechos de documentários, etc. Também há desenhos de autores diferentes que homenageiam a quadrinista.
Conhecida por seu humor sarcástico nos quadrinhos e suas críticas sociais pontuais, a quadrinista faleceu em 2020 deixando um legado com obras como “Agrippine”,“Les Frustrés“ e “Cellulite”. Além disso, ela está entre as pioneiras da produção de quadrinhos adultos no cenário francês de quadrinhos, ao publicar suas HQs na revista Pilote na década de 1960.
Bretécher utilizou-se da linguagem de quadrinhos para fazer caricaturas da sociedade burguesa contemporânea. Os traços aparentemente simples das ilustrações sempre vinham com um roteiro de crítica assertivo. No Brasil, a autora teve apenas um álbum publicado, “Os Frustrados”, lançado em 2012 pela editora Marca de Fantasia.