Por que a revista mensal “Charlotte Mensuel” parece um projeto ousado?

30 maio 2024
Por Fora do Plástico

Os leitores brasileiros estão acostumados à máxima de que o mercado de quadrinhos franco-belga é um gigante, onde cabem as publicações mais distintas e as produções nacionais fervilham. Porém, mesmo com um cenário bastante fértil, a França não via uma revista mensal de quadrinhos variados desde o fim da famosa revista belga (À suivre), em 1997. É o que aponta o editor Vincent Bernière, o idealizador da recém-anunciada Charlotte Mensuel.

Depois de 27 anos, ele planeja levar às bancas e livrarias uma revista mensal com diversos quadrinhos a cada edição, inclusive de outros países da Europa, além de HQs norte-americanas e mangás. Uma proposta ousada, principalmente se for considerado o fato de que essa é uma iniciativa independente, uma vez que as grandes revistas mensais franco-belgas foram abrigadas no passado por editoras como Casterman e Dargaud.

A Charlotte Mensuel surge como uma herdeira espiritual da Charlie Mensuel, revista mensal publicada de 1969 a 1986, que reunia quadrinhos de várias nacionalidades traduzidos para francês, de Peanuts a Crepax, assim como produção franco-belga. Além de linha editorial e modelo de publicação similar, há ainda entre as duas revistas a anedota do nome, já que Charlotte foi apresentada aos leitores de Peanuts como a contraparte feminina de Charlie Brown.

Por ser uma revista independente, seu lançamento se dará através de financiamento coletivo na plataforma Kickstarter. A primeira edição está prevista para o dia 29 de setembro e a previsão de Vincent Bernière é de publicar 10 edições ao ano.

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