De Tom King, Barnaby Bagenda e Romulo Fajardo Jr.
144 páginas
Panini Comics | 2021
Tradução: Rodrigo Oliveira
O primeiro volume de Os Ômega Men, de Tom King, nos inseriu em uma trama que nos deixou, no primeiro momento, completamente perdidos. Até então, não éramos habituados à equipe de alienígenas que dá nome à história. Os conflitos políticos do sistema planetário Vega podem não ser muito convidativos para o leitor em um primeiro momento. Porém, ao longo do desenvolvimento da história tudo começa a parecer mais claro, mesmo para principiantes no tema, como nós.
Os Ômega Men são apresentados para nós como um grupo terrorista, com atitude de grupo terrorista. Isso porque, logo de cara, nos deparamos com uma cena em que a equipe transmite em um vídeo a decapitação de Kyle Rayner, o Lanterna Branco. No entanto, nos bastidores, o grupo na verdade não assassina o herói, mas, sim, busca transformá-lo em um Ômega Men. É no meio dessa space opera que King nos leva a pensar temas como combate à tirania, resistência, terrorismo e dramas pessoais.
O roteiro aqui é mais centrado na ação. Com algumas passagens de tempo abruptas e reviravoltas, a HQ tem um desenvolvimento de personagens mais raso do que o que costumeiramente vemos em outros quadrinhos do autor. Porém, quando as coisas começaram a se encaixar, o quadrinho se torna uma boa história de super-herói. Para fechar, não poderíamos deixar de comentar sobre a arte de Barnaby Bagenda, que faz um belo design de personagens e trabalha bem as cenas de ação.
Ao final do quadrinho, já estávamos entusiasmados pela evolução da trama e curiosos para ver o que virá no segundo e último volume. Começamos a leitura com pouquíssimo conhecimento prévio sobre aquele universo e terminamos imersos nos conflitos de Vega.