De Mark Millar, Wilfredo Torres e Davide Gianfelice
144 páginas
Panini Comics | 2019
Tradução: Fernando Barone
O Círculo de Júpiter nos leva ao começo, à origem da história que vimos em O Legado de Júpiter. Aqui, Mark Millar apresenta um spin-off focado na primeira geração de super-heróis do grupo denominado União. Uma época na qual o mundo era protegido por esses poderosos e grandes amigos.
Dividida em três arcos, a trama busca desenvolver as experiências de vida dos personagens e trazer o lado humano desses superpoderosos. Dessa forma, não temos dúvida que esse foi o grande diferencial no processo de leitura, o roteiro nos fisgou rapidamente. É raro ver uma abordagem assim em HQs de heróis. Além da história parecer honesta, mostrando os personagens passando por perrengues nos relacionamentos e no cotidiano, o roteiro humaniza os super-heróis e os aproxima do leitor.
Diferente da série original, que tinha Frank Quitely como desenhista, O Círculo de Júpiter conta com ilustrações de Wilfredo Torres e Davide Gianfelice. O traço tem uma pegada mais retrô, que se encaixa muito com a ambientação da HQ, uma vez que ela se passa no fim dos anos 50. Apesar de estarem longe da caracterização criada por Quitely, as ilustrações não comprometem.
Funcionando muito bem como um prequel que dramatiza os personagens, à primeira vista O Círculo de Júpiter pode parecer uma HQ desnecessária. Mas não se engane, o primeiro volume acrescenta boas camadas na construção dos personagens e se mostra uma leitura bem interessante.