Mortadelo e Salaminho: O Sulfato Atômico

5 fevereiro 2025

De Francisco Ibáñez
56 páginas
Figura | 2024
Tradução: Ernani Ssó

Após décadas, Mortadelo e Salaminho, do espanhol Francisco Ibáñez, retorna ao Brasil. O álbum escolhido é O Sulfato Atômico, primeira história longa da série, publicada originalmente em 1969. Uma trama que desafia completamente a realidade e mostra todo o talento do mestre espanhol.

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Afinal, quem são Mortadelo e Salaminho? Dois agentes da T.I.A., uma paródia das agências de espionagem e serviço secreto. Mortadelo, mestre dos disfarces, e Salaminho, seu chefe ranzinza, embarcam aqui em uma missão para recuperar uma perigosa fórmula capaz de aumentar o tamanho dos insetos. O problema? O frasco está nas mãos do governo ditatorial da República de Tirania, que pretende usá-lo como arma para dominar o mundo.

Embalada pelo humor pastelão, a missão, como era de se esperar, sai completamente do controle. O que deveria ser uma operação secreta logo se transforma em uma sequência caótica de perseguições e situações absurdas. Ibáñez impressiona ao sustentar um ritmo frenético da narrativa ao longo de 50 páginas, com gags visuais e trocadilhos quase a cada quadro. E claro, obviamente, por trás da premissa maluca e da comédia exagerada, há também uma trama política que satiriza regimes ditatoriais. Ou seja, é um quadrinho descompromissado, sim, mas que dentro dessa proposta consegue se destacar pela crítica inteligente.

O traço expressivo e dinâmico de Ibáñez se assemelha ao de outros grandes nomes dos quadrinhos europeus de humor do período. Seus desenhos não apenas reforçam o clima de caos da história, eles nos guiam pelos acontecimentos de forma vibrante.

Marcando o lançamento do selo infanto-juvenil Figurinha, Mortadelo e Salaminho: O Sulfato Atômico comprova por que essa é uma série fundamental para os espanhóis. Com uma fórmula irresistível que continua atravessando gerações, a obra entrega um humor caótico e acessível para leitores de todas as idades.

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