De Brian Michael Bendis, Chris Samnee, David Marquez, Sara Pichelli e Justin Ponsor
232 páginas
Panini Comics | 2020
Tradução: Mario Luiz C. Barroso
Miles Morales se tornou um símbolo da representatividade nas histórias de herói, quando Brian Michael Bendis tornou o Homem-Aranha um herói negro. Morales, assim como Peter Parker, é um adolescente. E, claro, a adolescência é cheia dos dilemas. Acrescente isso aos poderes (e responsabilidades) que Morales recebe após ser picado por uma aranha. Isso, a origem do herói se repete aqui. Mas há particularidades específicas deste protagonista que tornam tudo muito mais simbólico. Ele é bolsista em uma escola de alto rendimento, e, além de ser um jovem negro, ele também tem raízes latinas.
Bendis usa seus famosos diálogos aqui também. Morales, seu melhor amigo Ganke, seus pais… as interações entre os personagens funcionam muito bem. Há também bastante ação aqui, item que dá toda aura especial para um quadrinho de super herói. Quando acompanhamos o processo do protagonista, seus erros e acertos, sentimos uma nostalgia boa, essa é praticamente uma clássica história de origem.
Na arte deste encadernado temos diversos artistas dividindo os pincéis. Destaque para Sara Pichelli, que arrasa tanto nas cenas de ação quanto nas expressões dos personagens. Além disso, as cores são lindas e ajudam na atmosfera envolvente da HQ.
O primeiro encadernado protagonizado por Miles Morales é um bom começo para o personagem, que é indiscutivelmente importante para o aumento da representatividade na Marvel. Após um ótimo desfecho, estamos curiosos para ver o que vem a seguir.