A Kodansha, uma das mais importantes editoras do Japão, acaba de divulgar os indicados para a 49ª edição do Kodansha Manga Award, o seu prêmio anual de mangás. Dos 16 títulos que disputam as categorias “Melhor Shonen”, “Melhor Shoujo” e “Melhor Mangá em Geral”, apenas quatro estão licenciados no Brasil: “Wind Breaker” e “Kagurabachi”, editados pela Panini, e “Versus”, anunciado em 2023 pela Editora JBC, mas ainda sem data de lançamento definida, e “How I Met My Soulmate”, de Anashin, anunciado em setembro do ano passado pela Panini e também sem previsão de estreia.
Outras séries, apesar de inéditas por aqui, são de autores já conhecidos pelo leitor. Naoshi Arakawa, autor de “Your Lie in April” (Panini) e “Sayonara Football” (NewPOP) concorre na categoria “Melhor Shonen” com “Orion’s Board”, obra sobre um garoto prodígio que se vê frustrado ao encarar a 17ª derrota consecutiva no shogi, espécie de jogo de xadrez japonês. O criador de “Ao Ashi” (JBC), o mangaká Yugo Kobayashi, concorre na mesma categoria com “Fermat no Ryouri”, mangá que acompanha a inusitada amizade entre um gênio da matemática e um chefe de cozinha.
Na categoria “Melhor Mangá em Geral”, estão outros dois velhos conhecidos do público brasileiro. Kengo Hanazawa, autor de “I am A Hero” (Panini), disputa o prêmio por “Under Ninja”, enquanto Hitoshi Iwaaki, criador de “Parasyte” (JBC), concorre com o seu “Historie”, mangá cujo enredo se passa no século IV a.C. e retrata a vida de Eumenes de Cárdia, um dos generais de Alexandre, o Grande.

Os últimos destaques da lista ficam por conta de “Kimi to Uchuu wo Aruku Tame ni”, vencedor da penúltima edição do Manga Taisho, em 2024; do shoujo “Re-Living My Life with a Boyfriend Who Doesn’t Remember Me”, indicado à mais recente edição do Manga Taisho, e do josei “Onna no Sono no Hoshi”, quadrinho de Yama Wayama que já levou um prêmio no Japan Media Arts Festival em 2022 e chegou perto em diversas outras premiações, incluindo uma indicação ao próprio Kodansha Manga Award e quatro ao Taisho.
Confira a lista completa:
MELHOR MANGÁ SHONEN
– Wind Breaker, de Satoru Nii (Kodansha) – Publicado no Brasil pela Panini, em andamento com 16 volumes (21 volumes no Japão até o momento)
– The Fragrant Flower Blooms With Dignity, de Saka Mikami (Kodansha) – Inédito no Brasil, em andamento no Japão com 15 volumes
– Kagurabachi, de Takeru Hokazono (Shueisha) – Estreia no Brasil em junho, em andamento no Japão com 6 volumes
– Versus, de ONE, Kyōtarō Azuma, BOSE (Kodansha) – Anunciado pela JBC, em andamento no Japão com 4 volumes
– Orion’s Board, de Naoshi Arakawa (Kodansha) – Inédito no Brasil, em andamento no Japão com 5 volumes
– Fermat no Ryouri, de Yugo Kobayashi (Kodansha) – Inédito no Brasil, em andamento com 4 volumes
MELHOR MANGÁ SHOUJO
– How I Met My Soulmate, de Anashin (Kodansha) – Anunciado pela Panini, em andamento no Japão com 6 volumes
– The Ayakashi Hunter’s Tainted Bride, de Midori Yuma e Mamenosuke Fujimaru (Kodansha) – Inédito no Brasil, em andamento no Japão com 6 volumes
– Fall in Love, You False Angels, de Coco Uzuki (Kodansha) – Inédito no Brasil, em andamento no Japão com 4 volumes
– Re-Living My Life with a Boyfriend Who Doesn’t Remember Me, de Eiko Mutsuhana, Yugiri Aika e Gin Shirakawa (Kadokawa) – Inédito no Brasil, em andamento no Japão com 5 volumes
– Gazing at the Star Next Door (Tonari no Stella), de Ammitsu (Kodansha) – Inédito no Brasil, em andamento no Japão com 7 volumes
MELHOR MANGÁ EM GERAL
– Under Ninja, de Kengo Hanazawa (Kodansha) – Inédito no Brasil, em andamento no Japão com 15 volumes
– Onna no Sono no Hoshi, de Yama Wayama (Shodensha) – Inédito no Brasil, em andamento no Japão com 4 volumes
– Kimi to Uchuu wo Aruku Tame ni (Spacewalking With You), de Inuhiko Doronoda (Kodansha) – Inédito no Brasil, em andamento no Japão com 3 volumes
– Nezumi no Hatsukoi, de Riku Ooseto (Kodansha) – Inédito no Brasil, em andamento no Japão com 5 volumes
– Historie, de Hitoshi Iwaaki (Kodansha) – Inédito no Brasil, em andamento no Japão com 12 volumes
No ano passado, a categoria “Melhor Shonen” foi vencida por “Frieren e a Jornada Para o Além”, mangá de Kanehito Yamada e Tsukasa Abe publicado no Brasil pela Panini. “Melhor Shoujo” ficou para “Kimi no Yokogao wo Miteita”, de Rumi Ichinohe, anunciado no Brasil pela editora Taverna do Rei, em fevereiro, como o seu primeiro mangá. Por fim, “Medalist”, de Ikada Tsuruma, levou o prêmio de “Melhor Mangá em Geral” e permanece inédito por aqui.
Os vencedores da 49ª edição do Kodansha Manga Award serão revelados em 12 de maio no Japão.