De Steve Niles e Marcelo Frusin
152 páginas
Panini Comics | 2019
A sequência de Kick-Ass: A Nova Garota é uma trama rasa e sem graça. Após o primeiro volume que, por sinal, já era irregular, o quadrinho continua uma leitura bem “qualquer coisa”.
Assumindo os roteiros nesta edição, Steve Niles traz uma história fraca e nada funcional. Após os eventos do primeiro livro, Patience passou a controlar gangues e usa desse poder para conseguir mais dinheiro e território. Porém, quanto mais poder, mais inimigos aparecem. Assim, além de lutar pela sobrevivência, Patience precisa lidar com sua consciência, após ter deixado o cunhado (um dos vilões do primeiro livro) em coma.
A HQ é um emaranhado de cenas de ação com um clímax que, além de ser previsível, está pra lá de sem graça. Como se não bastasse, a narrativa é muito descritiva, o que incomoda e torna a leitura morosa. Já na arte, Marcelo Frusin assume o lugar de John Romita Jr. As ilustrações de Frusin são competentes, mas não emplacam, ou seja, não chamaram nossa atenção. Por se tratar de um quadrinho de ação, acreditamos que as ilustrações valem muito. Elas podem justamente trazer diversão em meio a um roteiro raso. Mas não foi o caso aqui.
No entanto, temos que ser justos e dar mérito aos autores por apresentarem uma protagonista nada genérica. Patience é negra, mãe solteira, estudante e militar veterana. Uma grande pena a HQ aproveitá-la tão pouco.