“Ichi the Witch”: Será este o próximo grande sucesso dos mangás?

2 junho 2025

A Weekly Shonen Jump, revista de mangás mais vendida do Japão, se acostumou a emplacar um grande sucesso atrás do outro. Com o encerramento de “Jujutsu Kaisen”, obra que ultrapassou 100 milhões de cópias em circulação e se tornou um fenômeno global, o periódico viu crescer títulos como “Blue Box”, de Kouji Miura, “Akane-Banashi”, de Takamasa Moue e Yuki Suenaga, e “Sakamoto Days”, de Yuuto Suzuki, todos em publicação há mais de três anos. Ainda assim, nenhuma dessas séries parece destinada a atingir o patamar de best-seller típico dos maiores sucessos da Jump.

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Apostando em um mangá mais recente, mas considerado bastante promissor, a revista decidiu investir em “Ichi the Witch” (Madan no Witch), da dupla Osamu Nishi e Shiro Usazaki, título ainda inédito no Brasil.

A história do mangá se passa em um mundo onde apenas mulheres são capazes de controlar a magia. Nesse universo, elas caçam criaturas dotadas de diversos poderes para então obtê-los e, assim, se tornarem bruxas. Tudo muda quando Ichi, um jovem caçador que vive isolado no fundo de uma floresta, se vê, por acaso, no meio de uma batalha mortal entre o temido rei da magia e a mais poderosa das bruxas.

Publicado na versão física da Shonen Jump e distribuído globalmente pela plataforma digital MANGAPlus, “Ichi the Witch” estreou em setembro de 2024 e possui 36 capítulos, até o momento. Só em 2025, o mangá já estampou a capa da revista semanal em três oportunidades, incluindo a edição mais recente, lançada no domingo, 1º de junho. Além disso, vem conquistando boas posições no sistema de ranqueamento da Shueisha, baseado na avaliação dos leitores.

Outro destaque é que, recentemente, a mangaká Katsura Hoshino, autora de “D. Gray Man”, recomendou a obra para os seus fãs, assim como já havia feito o criador de “My Hero Academia”, Kohei Horikoshi.

Capa da Shonen Jump de domingo (1)

Apesar de pouco conhecidos no ocidente, os artistas por trás da série são figurinhas carimbadas no Japão. Responsável pelos roteiros, Osamu Nishi é também a mente criativa por trás de “Marimashita! Iruma-kun”, quadrinho bastante popular que ainda está em andamento, com 43 volumes publicados. Shiro Usazaki, por sua vez, é visto como um dos mangakás emergentes mais talentosos do país, tendo sido o ilustrador de “Act-Age”, lançado na Shonen Jump em meados de 2018, mas cancelado em 2020 após a prisão do roteirista Tatsuya Matsuki por assédio sexual.

Com um enredo simples e um traço bastante apelativo, “Ichi the Witch” desponta, ao lado de “Kagurabachi”, como uma das grandes apostas da Shueisha para os próximos anos. Desde o início da serialização, o editorial da Shonen Jump tem dado à série um espaço de destaque, garantindo não só capas, mas também diversas páginas coloridas. Com dois volumes encadernados já lançados, o mangá acumula cerca de 300 mil cópias em circulação, e o primeiro volume já passou por três reimpressões. O terceiro volume está previsto para 4 de junho e, embora ainda seja cedo, é possível que um anime da série seja anunciado até o fim do ano com o objetivo de alavancar de vez a sua popularidade.

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