Henri Désiré Landru

30 setembro 2020

De Chabouté 
148 páginas
Pipoca & Nanquim | 2020
Tradução: Maria Clara Carneiro

Chabouté é muito habilidoso em construir narrativas gráficas belíssimas. O autor francês tem como característica marcante usar poucos textos para construir suas histórias. Agora, em Henri Désiré Landru vemos uma narrativa mais povoada pelos balões, embora ainda deixe o desenvolvimento da trama muito a cargo da percepção do leitor. Chabouté conta a história de um dos mais famosos serial killers da França, só que com as liberdades que a ficção permite.

É importante deixar claro que a versão do autor é povoada de elementos que realmente fizeram parte da vida do homem barbudo e calvo, que atraia mulheres viúvas (de maridos mortos na 1ª Guerra Mundial) por meio de anúncios de jornal. Só que, ao contrário do que se sabe sobre o Landru que realmente viveu na França entre o fim do século XIX e o início do século XX, o protagonista do quadrinho de Chabouté é coagido a adotar o “modus operandi” que o tornou famoso.

Embora tenha um bom ritmo e uma fluidez típica das obras do artista, Henri Désiré Landru não nos empolgou tanto na condução da trama. Sentimos que o autor se alongou em momentos que deixaram a trama um pouco repetitiva. Não que esse não seja um bom quadrinho, mas, para nós, essa é a história menos memorável do quadrinista até aqui.

Dono de uma arte lindíssima, apesar dos rostos que normalmente causam uma certa confusão entre personagens por aqui, Chabouté ousou ao trazer um outro olhar para uma história até bastante conhecida. Ótima pedida para quem gosta de temas como serial killers!

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