A editora francesa Glénat anunciou uma mudança no projeto gráfico de seus mangás. A partir de setembro, as obras não terão mais a sinalização de demografia em suas lombadas, algo que a editora adotava como um padrão. No Japão, a demografia é uma categorização dos mangás, a partir de seu público-alvo. Algumas das mais populares são shonen, voltado para meninos adolescentes, shoujo, para meninas adolescentes, e seinen, para homens adultos, que no ocidente é generalizado para homens e mulheres adultas.
Em um vídeo que anuncia a mudança, a editora responsável pela Glénat Manga, Satoko Inaba, explica que a decisão reflete as alterações nos hábitos de leitura no Japão e na França, que hoje levam menos em consideração os fatores de gênero e idade que marcam as demografias. “As revistas no Japão estão começando a mudar. O público também está mudando. As obras estão um pouco menos restritas a categorias específicas. Então, para acompanhar a evolução natural do mangá, decidimos nos afastar dessa categorização das obras”, diz Inaba.
O primeiro título que será lançada sem a sinalização na lombada é “Jaadugar, la légende de Fatima”, de Tomato Soup. O mangá virá com as palavras “intriga”, “histórico” e “poder” na quarta capa, para orientar o leitor sobre a trama, algo que será adotado como um novo padrão pela Glénat. Já os mangás que estão em andamento, como “One Piece” que é publicado na França pela editora, terão a sinalização da demografia na lombada mantida para fins estéticos.