De Jeff Lemire, Phil Hester, Eric Gapstur e Ryan Cody
96 páginas
Intrínseca | 2021
Tradução: Fernando Scheibe
Depois de ler tantas HQs de Jeff Lemire, você começa a identificar elementos comuns em suas histórias. E não estamos falando de os personagens soarem humanos, nem dos dramas familiares. Aqui, estamos falando da repetição de fórmulas do próprio autor. Esse foi o sentimento que ficou após a leitura do primeiro volume de Family Tree. Um conjunto do que já deu certo nas obras de Lemire, numa trama de ritmo frenético e sem uma premissa tão instigante como dos seus outros trabalhos.
Aqui, o autor cria seu mistério em torno de uma criança que está se transformando em árvore e, agora, precisa fugir com sua família de uma “seita” que quer aparentemente matá-la. O álbum é curto e o ritmo é alucinante, não há espaço para desenvolvimento do personagem, muito menos para se apegar a alguém da história. Quanto à arte, Phil Hester cria um bom cenário de terror, mas seu traço não nos encantou tanto, achamos muito grosseiro.
É difícil dizer se teremos uma boa história ou não, ainda é muito cedo para cravar onde essa trama vai nos levar, mas, sem dúvidas, Family Tree não é uma HQ que nos empolgou de imediato. Com mais volumes pela frente, o que nos dá esperanças, é a confiança em saber que Lemire é um autor acima da média.