De Kami Garcia, Jason Badower, Mico Suayan, Annette Kwok e Mike Mayhew
96 páginas
Panini Comics | 2020
Tradução: Érico Assis
O primeiro volume de Coringa/Arlequina: Sanidade Criminosa foi uma bela surpresa para nós. O quadrinho se aproxima de um terror policial para apresentar Arlequina e Coringa em uma trama bem construída e instigante. Kami Garcia leva a protagonista para o Departamento de Polícia de Gotham, como consultora. A psiquiatra ajuda a traçar o perfil psicológico de criminosos, e um deles a inquieta profundamente: o Coringa. Ambos os personagens diferem muito do que é tradicional. Os dois incorporam novas versões de si mesmos aqui e o resultado é ótimo.
A Doutora Arlequina tenta traçar o rastro do Coringa, à medida que busca entender quem pode ser esse cruel assassino em série. Isso também porque anos atrás, sua companheira é morta pelo vilão. Assim, há também um tom pessoal na incessante busca da protagonista. Em paralelo, vemos flashbacks do passado de ambos. Inclusive pontos em comum entre os dois. Tudo isso é costurado em um roteiro que não perde o fôlego e deixa o leitor ansioso para saber o que vem a seguir.
Os momentos passados são representados pela arte ultrarrealista (e colorida) de Mike Mayhew. Já o presente é todo no traço preto e branco, um tanto noir, de Mico Suayan. Confessamos que a arte de Suayan nos agrada muito mais do que a de Mayhew, que é muito estática e faz com que as cenas sejam flashes, com pouquíssimo senso de movimento.
A série possui um ótimo gancho para a edição seguinte e já ficamos muito empolgados para continuar a leitura. Essa também é uma boa dica para aqueles que não são tão fãs de quadrinhos de super-herói: esqueça o que você sabe sobre o gênero, aqui a pegada é outra.