De Brian K. Vaughan e Fiona Staples
168 páginas
Devir | 2023
Tradução: Marquito Maia
Após um hiato de anos, o retorno de Saga traz uma sensação de familiaridade impressionante. Brian K. Vaughan e Fiona Staples seguem fazendo sua space opera nos instigar, surpreender e, como não poderia ser diferente para quem já está no décimo volume da série, emocionar.
Depois dos acontecimentos que fecham o volume 9, essa retomada funciona como o início de uma nova fase da série. Não que muita coisa tenha mudado, Hazel continua sendo a narradora, Alana segue tão durona quanto antes e a ávore-foguete ainda é morada dessa família incomum. Mas, ao mesmo tempo, podemos perceber que, passados 3 anos desde os eventos anteriores, aos poucos vamos ter uma nova geração se desenvolvendo e ganhando mais espaço. A pequena Hazel, agora com dez anos, está mais esperta do que nunca e começa a ter sua voz cada vez mais marcante. Agora, em busca de um recomeço, Alana inicia um novo negócio, ao lado de um amigo, Bombazine, porém seus caminhos se cruzam com uma nave pirata.
Saga sempre foi uma história com diálogos incríveis e personagens que, mesmo que em aparições curtas, conseguem ser memoráveis. E, como de costume, somos apresentados a um punhado de novos seres curiosos, mas podemos também rever velhos conhecidos, como O Querer, a Gata da Mentira e Gwendolyn.
A arte de Fiona Staples se mantém essencial para o brilho da série, com formas criativas de apresentar os personagens, e uma virada de páginas impressionante no último capítulo.
Em seu retorno, Saga se mantém em alto nível e é encantador estar de volta a esse universo. São muitos os motivos que nos deixam empolgados e, claro, ansiosos pela sequência.