Jules Feiffer, renomado cartunista, morre aos 95 anos

21 janeiro 2025
Por Fora do Plástico

Morreu aos 95 anos Jules Feiffer, renomado cartunista, dramaturgo e roteirista. Sua esposa, JZ Holden, confirmou ao Washington Post que ele morreu em casa no dia 17 de janeiro, vítima de insuficiência cardíaca congestiva.

Feiffer ganhou destaque pelas tiras publicadas no Village Voice, onde trabalhou de 1956 a 1997, escrevendo sobre idiossincrasias sociais e políticas dos tempos contemporâneos. Extremamente prolífico, suas obras mais recentes incluem “Kill My Mother” (2014), “Cousin Joseph” (2016), “The Ghost Script” (2018) e “Amazing Grapes” (2024). No Brasil, “Kill My Mother” foi lançado em 2015 pela Quadrinhos na Cia., com o título “Mate Minha Mãe”.

Ele também foi dramaturgo e escritor de cinema. Entre os roteiros de filmes destacam-se “Ânsia de Amar” (1971), de Mike Nichols, “Popeye” (1980), de Robert Altman, e o curta de animação “Munro” (1960), que venceu o Oscar. Já no teatro, escreveu “Little Murders” em 1967, que mais tarde, em 1971, ganhou adaptação para os cinemas com Alan Arkin na direção.

Mesmo em idade avançada, Feiffer continuava trabalhando. No final do ano passado, em seu aniversário de 95 anos, deu uma entrevista ao também quadrinista Peter Kuper, para o semanário The Nation, em que falou sobre sua vida e carreira. Entre os temas abordados estavam o livro no qual estava trabalhando, intitulado “My License to Fail” e a insistência em continuar desenhando, apesar da degeneração muscular. “Eu prossigo com cada desenho de página em página com total confiança de que vai sair exatamente como eu quero, o que nem sempre é o caso”, revelou Feiffer na entrevista.

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