Há algo em comum entre o anime de “Uzumaki” e a segunda temporada de “Blue Lock”: ambos foram criticados pelo público pela qualidade da animação. Além disso, profissionais envolvidos nos dois projetos vieram a público informar sobre as condições de trabalho nas quais os animes foram produzidos.
O animador Martin Reyes, que trabalhou na adaptação do mangá de futebol de Muneyuki Kaneshiro e Yusuke Nomura, fez um vídeo para trazer bastidores sobre a produção. “Apesar do salário baixo e do curto prazo, fizemos o melhor que podíamos. Muitas das minhas animações foram cortadas na edição final. Basicamente, todo o movimento delas foi eliminado. Não culpo a pessoa que trabalhou nos meus cortes depois de mim, eles provavelmente fizeram tudo o que podiam com o tempo que lhes foi dado”, revelou Reyes.
Recentemente, o anime de “Uzumaki” recebeu uma avaliação semelhante por parte de seu produtor executivo, Jason DeMarco. Ele revelou, em uma thread no Bluesky (posteriormente deletada) que a equipe se viu diante de uma escolha difícil, devido ao tempo para desenvolver a animação. “…Não posso entrar em detalhes sobre o que ocorreu, mas estávamos em uma situação complicada. As opções eram: A) não finalizar, não exibir nada e considerar isso uma perda; B) finalizar e exibir apenas um episódio, mesmo que incompleto; C) completar todos os quatro episódios, apesar dos problemas. Em respeito ao trabalho árduo da equipe, escolhemos a opção C”, explicou o produtor.
Disponível no streaming Max, “Uzumaki” é uma produção estadunidense, da Adult Swim, embora tenha tido estúdios japoneses. Já “Blue Lock” pode ser assistido na Crunchyroll e é uma produção japonesa, do 8-Bit Studio. Nos mangás, o clássico de Junji Ito foi lançado no Brasil pela Devir, enquanto o mangá de futebol é publicado pela Panini e segue em andamento no Japão.