Futuropolis anuncia coleção de HQs de bolso focada em temas atuais

22 outubro 2024
Por Fora do Plástico

Os quadrinhos em formatos econômicos têm ganhado espaço em editoras em diferentes mercados, como parte de uma tendência global em busca de leitores. A francesa Futuropolis, que já possui edições de bolso desde 2021, anunciou agora uma nova coleção com uma proposta especial: abordar questões relevantes da atualidade. Chamada Paroles (palavras em francês), a coleção traz quadrinhos curtos, com 32 páginas ao preço de 6,90 euros, dedicados a trazer um olhar para o mundo contemporâneo, a começar com “Guerre à Gaza” (Guerra em Gaza, em tradução livre), de Joe Sacco.

Lançado no início de setembro, o quadrinho foi um sucesso imediato e teve sua tiragem inicial de 22 mil exemplares esgotada assim que chegou às livrarias. Uma nova tiragem com 8 mil cópias foi encomendada. Foi justamente a repercussão de “Guerre à Gaza” que deu origem à coleção Paroles. A obra traz o autor de “Palestina” e “Notas Sobre Gaza” revisitando o tema do qual se tornou uma referência: a questão Isral-Palestina. O jornalista não poderia ficar indiferente aos acontecimentos que vêm tomando o noticiário desde 7 de outubro de 2023 e elaborou um panfleto sobre o horror da guerra em Gaza. Nas 32 páginas que compõem o quadrinho ele aborda o tema da guerra, o tratamento político que lhe é dado pelos Estados Unidos e Israel, e pela mídia.

O próximo título da coleção será “Charlie, quand ça leur chante” (Charlie, quando eles quiserem, em tradução livre), de Aurel, previsto para janeiro do próximo ano. A HQ aborda, dez anos depois, os assassinatos dos cartunistas Cabu, Charb, Honoré, Tignous e Wolinski, nos dia 7 de janeiro de 2015, durante o atentado à redação do Charlie Hebdo. Aurel explora o lugar que o desenho humorístico ocupa hoje e questiona o que aconteceu com aqueles que se autodenominavam “Charlie”. A previsão de tiragem é de 10 mil exemplares.

Em entrevista à Livres Hebdo, o diretor editorial da Futuropolis, Sébastien Gnaedig, revela que a editora manterá suas ambições modestas para a coleção Paroles. “Na Futuropolis desconfiamos de novas coleções, o risco é querer preenchê-las a todo custo”, explica. Por isso, o planejamento é de duas publicações por ano, uma por semestre, com uma seleção de autores que possam ser vozes relevantes sobre os temas abordados. 

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