Quando a Mythos Editora revelou, no fim do ano passado, que poderia cancelar títulos Bonelli com performance abaixo do esperado, “Mágico Vento”, de Gianfranco Manfredi, estava entre os quadrinhos ameaçados. O resultado das negociações foi a liberação dos direitos do personagem que, agora, já tem nova editora no Brasil.
As mudanças feitas no plano editorial da Mythos, em 2024, podem pulverizar alguns personagens Bonelli entre outras editoras que já lançavam HQs da gigante italiana. A aquisição dos direitos de “Zagor” pela Saicã, que publica em julho os dois primeiros volumes da “coleção histórica” do personagem, é um exemplo disso.
A nova casa editorial de “Mágico Vento” será revelada futuramente, mas já é possível adiantar que as publicações começam a partir de 2025. Detalhes como formato e periodicidade também serão revelados mais adiante.
Ambientada nos idos de 1870, a série é um western mesclado a elementos fantásticos, que acompanha o soldado Ned Ellis. Ele escapa milagrosamente da explosão do trem no qual viajava a serviço do exército dos Estados Unidos, perde os sentidos e acorda sem memória. No acidente, uma farpa de metal se alojou em seu cérebro concedendo-lhe dons mediúnicos especiais, o que garante a ele a posição de xamã dos indígenas Sioux, que o acolheram e o batizaram de Mágico Vento.
Histórico de publicação do personagem
“Mágico Vento” foi lançado pela Mythos ao longo de mais de 20 anos, em formatos diferentes. O quadrinho foi primeiro publicado em “formatinho” (13,5cm x 17,15cm), de 2002 a 2013, e completo em 131 números.
Depois, houve uma republicação com a mesma quantidade de páginas, porém em formato italiano (16cm x 21cm), entre 2020 e 2023, deixada incompleta com 20 edições. Em paralelo, de 2017 a 2023, a editora também trouxe ao Brasil a “Mágico Vento Deluxe”, reunindo duas histórias por edição, coloridas, e acabamento em capa dura. A coleção teve 12 volumes.
Por fim, há ainda a minissérie em 4 volumes “Mágico Vento: O Retorno”, lançada no Brasil entre 2020 e 2021.